quinta-feira, fevereiro 03, 2005
cinq fois deux
ou valerá mesmo a pena começar o que quer que seja? Independentemente do final da história, valerá a pena vivê-la? Sempre? Se não, quando? Às vezes penso se a vida não será mesmo um jogo viciado no qual não se pode ganhar. Mas creio que não; que não é um jogo nem qualquer outra coisa, é vida, apenas.
Quanto ao filme – muito bom, triste. A forma como é contada a história – do fim para o início, como em Irreversible - dá um toque de perda a tudo o resto. A violência de Gilles – explícita quase imediatamente – vai sendo revelada a passo e passo. Os olhos de Marion – a forma como ela fecha decididamente a porta – acompanham mesmo – ou sobretudo – os momentos felizes.
e depois de tudo, pergunto-me: valeu, mesmo assim, a pena?
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