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Hoje levei a máquina ao Marquês, lugar ainda ocupado pelas redes e tapumes dos trabalhos do Metro. O jardim está intransitável há anos, mas as casas continuam lá, à espera de fotografias.
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O Porto é uma óptima cidade para fotografar azulejos; as famosas "casas do século XIX", com as suas estruturas de madeira e fachadas de granito, usavam quase sempre o azulejo como revestimento. É claro que a proliferação de lojas no piso térreo destrui grande parte dos panos de azulejo existentes; mas por vezes ainda se encontram algumas raridades, seja pelas cores, pela utilização de relevos ou simplesmente pelo desenho.
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No Marquês não há nenhuma casa que se destaque pela riqueza da cor dos azulejos: verdes e vermelhos, sobretudo. São azulejos rectangulares, com as arestas chanfradas; parece um pormenor sem importância mas na verdade faz toda a diferença.
A arquitectura moderna no Porto soube usar o azulejo; um dos edifícios da Praça (ainda não consegui descobrir a autoria, mas pela estátua na fachada deverá ser de Viana de Lima ou de algum discípulo) utiliza-o, de uma forma bem diferente, claro...
E é claro que a viagem ao Marquês não podia terminar de outra forma senão com uma descida ao subsolo: a novíssima estação de Metro, com os já habituais azulejos que ninguém consegue nomear a cor...
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