Se eu mandasse, os inícios de primavera seriam dedicados à difícil habituação do corpo à metade luminosa do ano: com mais umas horas de sono por dia, sem relógio nem horários, os sintomas da astenia que todos os anos se manifesta poderiam até manter-se - mas seriam vividos com a languidez voluptuosa das leituras prolongadas. Assim fico telegraficamente à espera que o verde das árvores amadureça e que a estação me devolva a energia, fechando os olhos até nas pequenas viagens quotidianas.
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