tive o melhor domingo dos últimos tempos - mesmo sem Amarcord.
(Houve mar e sol e praia - e sobretudo - m.)
segunda-feira, janeiro 31, 2005
sexta-feira, janeiro 28, 2005
a luz
quarta-feira, janeiro 26, 2005
o cesto
Vi-o pela primeira vez na Ervilha Cor de Rosa (que já se tornou de visita diária e obrigatória, tal é a minha admiração pelas peças que a Rosa faz e pela generosidade com que as partilha), mas só depois do encontro de sábado deitei mãos à obra - e agora é o meu trabalho preferido. Já gastei os sacos todos que tinha em casa - inclusivé os sacos das cenouras - e pouco mais tenho do que o fundo.
Estou a utilizar uma agulha de crochet de 5,5mm (era a única que tinha em casa) e, como não me socorri imediatamente do preciosíssimo Grande Livro dos Lavores, um ponto híbrido da malha cerrada e a meia bride. Nesta fotografia o saco tinha dois dias de trabalho - e agora, desde que descobri esta técnica de novelar (via pal), o trabalho está muito mais avançado.
Haja sacos.
um saco de projectos
o gorro, o cesto, as mitaines
Acho que estou a ficar viciada nestes crafts. (Ontem, por exemplo, em vez de ler estive a aumentar o meu saco feito de sacos.) Sinto cada vez mais vontade de me dedicar a coisas concretas - e manufacturá-las, também. Terei perdido demasiado tempo com abstracções? Talvez não. Talvez seja apenas uma evolução natural - em direcção a quê?
I knit, you knit (2)
Quando contei à minha mãe onde tinha passado parte da tarde de sábado, ela disse que se lembra ainda de ver as senhoras a juntarem-se nos cafés para conversar enquanto se distraiam com um tricot ou um crochet. Eu lembro-me de ver a minha mãe a crochetar na praia, juntamente com as amigas. E, para mim, já não é o mesmo estar em casa a tricotar em frente à televisão, por exemplo; falta-me a companhia e a conversa... Se eu perdesse MESMO a vergonha, passava a levar umas agulhas para o café sempre.
terça-feira, janeiro 25, 2005
I knit, you knit
Perdi a vergonha e fui tricotar para a Confeitaria do Bolhão. Conhecia a Ana, a pal, e mais umas quantas tricotadeiras que fizeram inveja às velhotas que lá lanchavam. E sabem que mais?
Gostei.
segunda-feira, janeiro 24, 2005
adeus
Sempre tive um problema com as despedidas - representam sempre algo de tão profundamente perturbador que nunca pude vivê-las sem angústia. Não leio ainda Adeus, o poema mais ou menos orfão de Eugénio, sem sentir o nó na garganta; sem sentir o brusco desejo de voltar atrás. As razões já as sei, já as sinto; no entanto, sinto cada vez mais a necessidade de passar por essa espécie de luto que um adeus envolve. Se me faz chorar? às vezes. mas sinto que despedir-me - e partir - sem demasiadas angústias é o nó essencial que me desata o ser.
Por isso não sei se este adeus que tenho vindo a representar é último e definitivo. Talvez seja, quando um novo amor se anuncia a espaços. Talvez não. Não importa. Agora - por agora - vou deixá-lo assim, como se tivesse terminado. E depois... bem depois logo se vê.
Por isso não sei se este adeus que tenho vindo a representar é último e definitivo. Talvez seja, quando um novo amor se anuncia a espaços. Talvez não. Não importa. Agora - por agora - vou deixá-lo assim, como se tivesse terminado. E depois... bem depois logo se vê.
sábado, janeiro 22, 2005
sexta-feira, janeiro 21, 2005
segunda-feira, janeiro 17, 2005
sábado, janeiro 15, 2005
miss the summer (5)
depois fui eu quem partiu
não sei se voltaste, se olhaste por cima do ombro, para trás
eu já não estou lá
não sei se voltaste, se olhaste por cima do ombro, para trás
eu já não estou lá
sexta-feira, janeiro 14, 2005
quinta-feira, janeiro 13, 2005
quarta-feira, janeiro 12, 2005
domingo, janeiro 09, 2005
E, no entanto, ele existe
...pois quem já se apaixonou que não descobriu a vã evanescência do encontro carnal; quem não teve que compreender que, findo o breve que é tudo, se tem de recuar tanto do amor como do prazer, reunir a traparia e a escória - os chapéus e as calças e os sapatos que todos arrastamos por este mundo - e recuar, porque os deuses relevam e praticam estes e outros coitos como sonhos incomensuráveis, que flutuam alheados acima das peias e dos tormentos do instante, esse não era: é: foi: que é a compensação dada apenas a elefantes e a baleias, enfermados e imponderáveis: mas talvez se houvesse também o pecado, porventura não lhe seria permitido fugir, desenlaçar-se, regressar.
William Faulkner, Absalão, Absalão!
William Faulkner, Absalão, Absalão!
segunda-feira, janeiro 03, 2005
2005
Aprendi a fazer tricot com quatro agulhas nas últimas horas do ano velho; acabei as primeira luva tricotada por mim nas primeiras horas do novo.
Acho que vai ser um ano em grande.
Acho que vai ser um ano em grande.
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