Procurar uma casa é tarefa demorada; já o sabia e esse desgaste era uma das maiores resistências quando chegava a hora de tomar a decisão. Ainda agora comecei e já questiono a minha persistência: mesmo com todos os filtros do mundo as visitas acabam sempre em grandes desilusões. Só uma me interessou a ponto de ter que apelar a toda a minha racionalidade para não a comprar: era um sexto andar na Rua da Boavista, sem vizinhos e com muito sol. Tinha a cozinha num armário. Outra pela qual quase me apaixonei (e apenas em fotografia): um mezzanino a fazer de quarto, um terraço, uma clarabóia enorme. Era uma casa, casa mesmo, com solo debaixo de mim, não uma fracção. Está reservada e esforço-me por lhe elencar os defeitos: três metros e meio de largura, pouco mais de 50 de área. Ainda sim consigo perceber o que me move: a luz.
3 comentários:
Eu bem me lembro das agruras de procurar casa, mas vais ver que um dia encontras o teu ninho!
Boa sorte!
eu tambem ando a procura de casa nova,um stress desgracado..
por outro lado, como ja sei que tenho um orcamento limitado, contento-me com uma casa "decente"
Pois! Também eu ando nestas andanças, já visitei uns quantos e o único que me tira a respiração é também o único que não tem sol directo, nunca! :( Mas tem uma varanda enorme, uma sala grande com 3 sacadas, sendo uma delas num vidro de 2.5m x 3,5m... e tem todos os confortos de uma casa moderna... mas a luz! Ai-Ai!
Boa sorte!
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