sonhei contigo um destes dias, mesmo antes de acordar. não terá sido bem um sonho, talvez mais uma sensação; acabava de acordar, estavas deitado sobre o meu corpo, a face semi-escondida na curva do ombro esquerdo
eu rodeava com o braço direito o teu tronco, sentia a suavidade da tua pele clara
a luz delicada da manhã começava a tomar conta do quarto
quarta-feira, maio 19, 2004
segunda-feira, maio 17, 2004
minúscula n.1
sonhei contigo
acordei a sonhar contigo
era um sonho sem luz, o de hoje (ao contrário dos sonhos em que habitualmente figuras, em que a luz - a cor, o tom, a intensidade - é tão importante como qualquer outra coisa)
era um sonho onde tudo se passava no interior de casas, em corredores, junto a portas,
em que havia um nó que era um beijo, e depois tudo se alterava,
lembrei-me de ti, acordei a sonhar contigo.
acordei a sonhar contigo
era um sonho sem luz, o de hoje (ao contrário dos sonhos em que habitualmente figuras, em que a luz - a cor, o tom, a intensidade - é tão importante como qualquer outra coisa)
era um sonho onde tudo se passava no interior de casas, em corredores, junto a portas,
em que havia um nó que era um beijo, e depois tudo se alterava,
lembrei-me de ti, acordei a sonhar contigo.
Calor
Tarde turquesa
Quarenta graus
Talvez porque você não esteja
tudo lateja
Tarde sem nuvem
Cincoenta graus
Talvez por sua ausência
tudo derreta
Noite sem ninguém
Nada se mexe
Eu sonho nosso amor a sério
E você em outro hemisfério
Enquanto tudo derrete
Enquanto tudo derrete
Enquanto tudo parece
Derreter
Adriana Calcanhotto, Cantada
Quarenta graus
Talvez porque você não esteja
tudo lateja
Tarde sem nuvem
Cincoenta graus
Talvez por sua ausência
tudo derreta
Noite sem ninguém
Nada se mexe
Eu sonho nosso amor a sério
E você em outro hemisfério
Enquanto tudo derrete
Enquanto tudo derrete
Enquanto tudo parece
Derreter
Adriana Calcanhotto, Cantada
quinta-feira, maio 13, 2004
Desconcerto
Ao mesmo tempo que corrompemos a ideia de feminilidade, é nela ainda que vivemos...
Por isso não se espere mais do que isto, um sentimento desconcertado por parte de um género (mais do que intimidação, talvez seja uma espécie de surpresa que o outro hemisfério sente), um sentimento desajustado por parte do outro (por cá, pelo contrário, é a incerteza sobre a identidade que reina).
Claro que poderão ser muitas as vozes que clamem o contrário, que se proclamem fantasticamente adaptadas aos tempos que vivemos. Pela minha parte, oscilo indefinida entre vários campos, a identidade construída ao sabor da disposição dos dias, dos modelos que provisoriamente adopto e admiro. Qualquer generalização é sempre redutora, também o sei. Mas é necessário a espaços adoptar epígrafes que norteiem parte do caminho.
Por isso não se espere mais do que isto, um sentimento desconcertado por parte de um género (mais do que intimidação, talvez seja uma espécie de surpresa que o outro hemisfério sente), um sentimento desajustado por parte do outro (por cá, pelo contrário, é a incerteza sobre a identidade que reina).
Claro que poderão ser muitas as vozes que clamem o contrário, que se proclamem fantasticamente adaptadas aos tempos que vivemos. Pela minha parte, oscilo indefinida entre vários campos, a identidade construída ao sabor da disposição dos dias, dos modelos que provisoriamente adopto e admiro. Qualquer generalização é sempre redutora, também o sei. Mas é necessário a espaços adoptar epígrafes que norteiem parte do caminho.
quarta-feira, maio 12, 2004
Motivação (2)
Pelos vistos, não fui a única. Ainda bem. Já suspeitava de um caso extremo de alucinações matinais.
Motivação
Este súbito regresso pode ter sido provocado pela notícia que ouvi com assombro hoje, acabada de acordar: Anacom quer acabar com blogs.
Faz sentido.
Faz sentido.
E agora, para onde?
Estive longe, por muitas e diversas razões, a mais irrelevante das quais não será a falta de sentido, de identidade, que vejo neste espaço. Durante muito tempo tive um blog meu, privado, que não era para ser lido; era um registo apenas, como se para manter uma memória fosse obrigada a registá-la. Neste momento não sei sequer se este espaço é ou não para ser lido, pelo que me deixo estar numa indefinição açucarada. Deveria ser um espaço de liberdade - mas eu não sei ainda exercê-la, presa que estou das opiniões alheias; ou da minha fantasia das opiniões alheias, o que, para o caso, pouca diferença faz...
Até já, então. Talvez a interrupção não seja tão longa.
Até já, então. Talvez a interrupção não seja tão longa.
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